O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a instauração de novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nessa quarta-feira (4). O objetivo é apurar possíveis crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação, depois que ela deixou o Brasil.
Na decisão, o ministro destacou diversas declarações dadas por Zambelli desde que ela deixou o país, Moraes ressaltou que a deputada fugiu a fim de “impedir a aplicação da lei penal” e “interferir no andamento de processos judiciais”.

“As diversas entrevistas da ré, em 3/6/2025, indicam que a sua fuga do território nacional se reveste, além da tentativa de impedir a aplicação da lei penal, também, na reiteração das condutas criminosas de atentar contra as Instituições, por meio de desinformação para descredibilizar das instituições democráticas brasileiras e de interferir no andamento de processos judiciais em trâmite nesta Corte”, frisou Alexandre de Moraes.
Diante disso, o ministro determinou a instauração do inquérito, de modo que a Polícia Federal realize, no prazo de 10 dias, a oitiva de Carla Zambelli. Ele também ordenou o monitoramento e preservação do conteúdo postado nas redes sociais da deputada ou de terceiros com ela relacionados.
Prisão decretada
Também nessa quarta (4), o ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou a prisão preventiva da parlamentar, bem como a inclusão do seu nome na difusão vermelha da Interpol. Carla Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à inelegibilidade, por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ver todos os comentários | 0 |